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19 Mar. Centro de Artes de Águeda
21 Mai. 21h / 22 Mai. 16h Teatro Camões, Lisboa
28 Mai. Centro de Artes e Espetáculo, Portalegre
Insónia é um espectáculo dirigido por Olga Roriz para um elenco renovado e criado em parceria com a equipa criativa das peças anteriores. A entrada de novos elementos no corpo de bailarinos renova pontos de vista e opções estéticas. Bailarinos de cinco nacionalidades são o resultado da escolha de uma audição internacional.
Uma reivindicação do lugar do corpo, da sua energia à sua fragilidade. O corpo intranquilo de carne exposta. A selvajaria de serem vários num mesmo mundo erótico. A identidade, origem, memórias de cada um dos intérpretes foram postas à prova, confrontando o passado, o presente, o futuro e a conexão vital com as origens.
A inexorável passagem do tempo. Um estudo sobre o feminino e o masculino, o macho e a fêmea sem sexo definido, sem género.
Sendo o erotismo um conceito vago, não palpável do foro da imaginação, havia que concretizá-lo, intelectualizá-lo. Num primeiro período da criação produziu-se muito pensamento em forma de escrita. Este é um desses textos: “Erotismo é armadilha de todas as definições e interpretações. Erotismo é o jogo do solitário, é uma cela solitária que te irriga de liberdade enquanto te encerra na sua sombra e humidade. É uma forma de libertação. É instinto animal e humano simultaneamente, na ótica em que parte de um pensamento. É uma escolha do pensamento, uma tentação. É um jogo indirecto de atracção, não óbvio. A combinação entre o sensual e o sexual. É efémero como uma sensação. Tudo o que estimula a fantasia. Pode ser um olhar determinado. Um toque direto. Um argumento profundo. Um tom de voz forte. Um sorriso envergonhado. Um momento onde se perde a noção do tempo. Pode partir da imaginação e pode ser alimentado conscientemente pelo trabalho da mente num jogo constante. Jogar Xadrez com alguém pode ser extremamente erótico”.
Insónia, emerge no que de onírico tem a questão do amor, do género e da genética.
Estórias partilhadas com simplicidade e decoro ou desbocadamente. Matérias feitas manifesto.
E ainda a imagem de uma Primavera invertida como se as estações se pudessem suspender no espaço e no tempo.
Olga Roriz | 2021
Direcção Olga Roriz
Intérpretes Catarina Câmara, Connor Scott, Emanuel Santos, Marta Lobato Faria, Melissa Cosseta, Natalia Lis, Yonel Serrano
Concepção da banda Sonora
Olga Roriz e João Rapozo
Músicas Archive, Armand Amar, Bobby Diran, Brian Eno, Dimitra Galani, Eleni Karaindrou, João Hasselberg, Johann Sebastian Bach, Lucrecia Dalt, Nils Fraham, Peteris Vasks, Gloria Gaynor, Willie Dixon
Cenografia e Figurinos Olga Roriz e Ana Vaz
Desenho de Luz Cristina Piedade
Edição de Som João Rapozo
Textos Intérpretes
Assistência à criação Bruno Alves
Assistência de Cenografia Pedro Jardim
Assistência de Figurinos Ricardo Domingos
Estagiárias assistentes de ensaios
Clara Bourdin, Ieva Bražėnaitė
Direcção técnica e Operação de Luz Contrapeso
Montagem e Operação de Som Sérgio Milhano, PontoZurca
Direcção de Cena Olga Roriz
Companhia Olga Roriz
Directora e coreógrafa Olga Roriz
Produção e digressões António Quadros Ferro
Assistente de produção Ricardo Domingos
Gestão Magda Bull
Formação e Residências Lina Duarte